As três principais causas da morte foram:
Doenças infecciosas: 35,11%
Neoplasias: 13,28%
Traumatismos: 13,08%
Embora o estudo tenha sido realizado em São Paulo, ele pode (com as devidas proporções) ser projetado para todo o país. Os autores inclusive valeram-se de estudos similares realizados em outros países para estabelecer um padrão comparativo. Veja os índices internacionais de expectativa de vida dos cães, bem superiores aos brasileiros (entre parenteses, o autor e ano de publicação):
Inglaterra: 11 anos (Mchell, 1999)
Dinamarca: 10 anos (Proschowski et al. 2003)
Suécia: 10 anos (Bonnete et al., 1997)
Estados Unidos: 9,9 anos (Bronson, 1982)
Japão: 8,3 anos (Hayashidani et al. 1998)
Voltando ao Brasil: nas conclusões do trabalho, que foi conduzido por quatro veterinários, com animais que morreram de 1995 a 2005, lemos:
Este estudo permite concluir que a taxa média de sobrevivência dos cães no município de São Paulo foi de 36 meses de idade. Os animais de porte médio, grande e gigante tiveram maior longevidade que os cães de pequeno porte. Não houve diferença na taxa de sobrevivência dos animais em relação ao fato de apresentarem ou não raça definida. As fêmeas viveram mais que os machos e os animais castrados sobreviveram mais que os não castrados. As doenças infecciosas constituiram a principal causa da morte, seguida de neoplasias e traumatismos.
Isso mostra o quanto ainda temos que aprender, ou no nosso caso, ensinar. É inadimissível que um animal domiciliado, e tendo alguém que deveria ser responsável por ele, ter uma vida inferior a 15 anos.
A experiência no convívio com animais, no meu caso de 47 anos, mostra o contrário do que o estudo mostrou. E por que? Porque nos animais que convivi apliquei todos os pontos daquilo que chamamos de posse responsável. Mas vou me limitar a comentar o que o estudo mostrou.
O estudo apontou que 35% de animais morreram por doenças infecciosas, ou como chamamos doenças espécie/específicas como cinomose e parvovirose. Em pleno século XXI é inaceitável que isso ainda ocorra, pois temos vacinas modernas, seguras e de custo acessível. E por que as pessoas não vacinam seus cães? Desconhecimento é o principal motivo.
10 atitudes para seu bichinho viver mais!
1. Muita gente ainda acredita que vacinar seus cães uma vez por ano, durante a campanha de vacinação contra a raiva é o suficiente. NÃO É! Todos os cachorros devem receber a vacina múltipla (V8 ou V10) a partir dos 60 dias de vida.
2. Filhotes devem receber esta vacina com 60, 90 e 120 dias de vida e, a partir daí, renovar a vacinação anualmente.
3. A vacina de combate à raiva deve ser dada a primeira dose com 120 dias de vida e renovada anualmente.
4. A vacina múltipla custa entre R$ 40 a R$ 80, dependendo se é V8 ou V10 e em qual clínica for aplicada. Não existe um controle de preços.
5. Observe sempre se a clínica onde vai vacinar seu animal mantém as vacinas em câmara fria, com temperatura controlada e, principalmente, se existe um sistema que garanta fornecimento de energia para casos de queda de luz. Se a temperatura da câmara não permanecer entre 2ºC e 8ºC , a vacina perde totalmente o efeito.
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