Greyhound

A origem do Greyhound é bastante antiga e estudos arqueológicos afirmam serem seus ascendendes imediatos os cães cujos restos foram encontrados na região do Oriente Médio e Ásia. Registros históricos de cães muito semelhantes aos atuais Greyhounds e Salukis, são encontrados em pirâmides e tumbas no Egito, e escavações mais recentes, da civilização Suméria, na Mesopotâmia, dadados de 7000 AC, apresentam gravuras de cães feitas nas pedras com grande semelhança às duas raças. Sabe-se também que o primeiro cão domesticado com registros históricos foi o Pharaoh Hound, que é comumente apresentado em suas caçadas às lebres, e este cão assemelha-se bastante ao Greyhound. Tomando-se como verdade sua origem asiática, não se sabe, com precisão, como os Greyhounds chegaram às Ilhas Britânicas. O nome Greyhound também não fornece pistas adicionais para que se entenda sua origem, uma vez que o "hound" é um vocábulo genérico que se refere a diversos cães nobres, sabujos e lebréus. O "Grey" poderia ser tanto uma referência à sua cor (cinzento) quanto uma derivação do Greek (grego), rementendo-se à sua origem, uma vez que durante muito tempo supôs-se que os galgos foram originados na Grécia.

Independente de todas as teorias sobre sua origem, é certo, no entanto, que a raça já estava estabelecida na Grã-Bretanha no período saxônico e desde então faz parte integrante da cinofilia inglesa e do resto do mundo. O Greyhound, ou Galgo Inglês, é um cão reconhecido mundialmente por suas qualidades atléticas, sendo capaz de atingir com facilidade velocidades de 80 km/h. Graças ao seu porte físico aerodinâmico e completamente adptado à velocidade, o Greyhound era utilizado, inicialmente, na caça à lebre, esporte muito popular na Inglaterra. Para ser um hábil caçador, utilizava-se de sua extrema acuidade visual e grande velocidade, que lhe permitia exercer a função da caça com grande eficiência.

Por volta do século XVI, os ingleses passaram a usar os cães em disputas de velocidade, criando assim um novo e muito popular esporte: a corrida de cães, que atingiu seu ápice no século XVIII e XIX, quando o esporte ampliou-se de forma bastante sensível por toda a Inglaterra, dando origem a inúmeros clubes especializados em promover corridas e agregando novos criadores da raça. Com o passar do tempo, as corridas também se espalharam por outros países e foram ´modernizadas´ com o uso de iscas mecânicas. Mas as mesmas corridas que incentivam a criação da raça, são combatidas ferozmente por diversas entidades que procuram evitar o sacrifício dos cães após sua curta carreira. Nos Estados Unidos, existem dezenas de entidades e grupos de proteção que procuram novos lares para os cães aposentados em pista. Estima-se que duas das maiores entidades doe, ao ano, cerca de 7000 cães.

No Brasil, talvez por seu tamanho, os Greyhounds são menos populares que outras raças ‘aparentadas’, como o Whippet. Um dos primeiros entusiastas da raça foi Santos Dummont, que trouxe seus exemplares da França. Os primeiros criadores da raça, iniciam sua criação no Brasil nos anos 40, no Rio de Janeiro.


Apesar de ter sido originalmente desenvolvido para a caça e posteriormente para as corridas, o Greyhound é um cão muito dócil e apegado aos seus donos. É um cão de índole tranquila e baixa atividade. No entanto, seu instinto de caçador e atleta é bastante forte, fazendo com que deva ser exercitado pelo menos 3 vezes ao dia e jamais deixado solto numa área não-cercada.

Na classificação do pesquisador Stanley Coren, em seu livro ‘A Inteligência dos Cães’, o Greyhound ocupa a 46ª posição entre as 133 raças pesquisadas. Sua personalidade independente rendeu-lhe a fama de ser teimoso e impossível de adestrar. No entanto, com o adestramento correto e a participação de seu dono, é um cão que aprende com relativa facilidade.

Normalmente o Greyhound é um cão bastante tranquilo e discreto. Muito silencioso, dificilmente late para estranhos e mesmo que não faça o tipo grudento, é um cão que tem uma relação bastante estreita com seus donos.

Sua relação com crianças, desde que seja habituado desde cedo com elas, é muito boa. Mas como é um cão independente e reservado, não costuma participar de brincadeiras abrutalhadas. Com pessoas desconhecidas, é um cão bastante reservado e até mesmo tímido.

 

Os filhotes devem ser socializados desde cedo. São muito ágeis e brincalhões, donos de uma energia inesgotável. Por isso é bem importante estabelecer logo de cara limites bem claros entre o que pode e o que não pode.

É importante que sejam socializados desde cedo e é bastante recomendável que participe desde cedo de aulas de obediência para que a convivência seja mais fácil e agradável para todos. Se os cães em geral não devem receber treinamentos monótonos, no caso do Greyhounds essa recomendação é ainda mais importante, uma vez que podem ser facilmente distraídos durante atividades consideradas repetitivas.

O Greyhound possui uma pelagem bem curta e de fácil manutenção. Por essa razão é um cão que dificilmente apresenta cheiro forte, a não ser, claro, que esteja realmente imundo.

As cores aceitas são o preto, branco, vernelho, azul, várias tonalidades de dourado e tigrado, ou qualquer uma destas cores combinada com o branco.

 

Apesar de sua aparência esguia e longelínea, é um cão muito forte e resistente e, uma vez que receba alimentação adequada e exercícios freqüentes, dificilmente terá problemas graves de saúde, sendo uma das poucas raças em que a incidência de displasia coxo-femural é mínima.

Alguns estudos apontam uma maior sensibilidade dos Greyhounds às anestesias e às coleiras anti-pulgas convencionais